Fálicas formas...

Esta eu não podia deixar de publicar. Um amigo meu (não digo quem mas vocês conhecem) enviou-me estas fotos. Em plena Bracara Augusta há uma estátua, no mínimo curiosa, de um bispo com gostos no mínimo estranhos.


As fotos falam por si.








Acho que não é preciso acrescentar mais nada pois não? Digno de um bom mail desses que nos enchem a caixa de correio todos os dias, com fotos curiosas. Não me venham com coisas, isto não é coincidência, nem por nada aceito que é uma bengala normal.






Entrada livre
Organização: Festea – Tema Clássico, Associação Cultural Thiasos, Instituto de Estudos Clássicos

PROGRAMA DEFINITIVO




Dia 5 de Julho de 2007, 21h30, Coimbra Páteo da Universidade)
Hécuba de Eurípides

Hélios do IES Carlos III, Madrid

Hécuba é uma das mais apreciadas tragédias anti-bélicas de Eurípides. A datação não é totalmente segura; estima-se a primeira representação nos primeiros anos da Guerra do Peloponeso, por volta de 424 a.C. Nada sabemos quanto ao prémio obtido ou aos outros dramas apresentados a concurso nesse ano.
Hécuba, assim como As Troianas, passa-se logo depois da Guerra de Tróia e coloca diante da audiência alguns dos aspectos mais negativos de qualquer guerra.
Após a queda de Tróia, os navios gregos chegam à Trácia. No acampamento a ex-rainha Hécuba vê a sua filha Políxena ser sacrificada em honra de Aquiles, já morto, e logo depois depara-se com o cadáver do filho Polidoro, a quem julgava em segurança no palácio de Polimestor, seu genro. A rainha reúne forças e pede a Agamémnon, comandante dos gregos, uma oportunidade para castigar Polimestor. Então, com a ajuda das outras cativas troianas, cega o rei trácio e mata os seus dois filhos.


Dia 6 de Julho de 2007, Conimbriga
“Encontros do Efémero II”
(palestras e oficinas de teatro, pela manhã, tarde e noite dentro)

A par da IX edição do Festival Internacional de Teatro de Tema Clássico, o FESTEA (associação promotora) repete este ano, pela segunda vez, os “Encontros do Efémero”, que pretendem traduzir-se numa jornada de reflexão teórica e prática sobre o teatro.
A designação adoptada para esses encontros visa, antes de mais, salientar a dimensão única e irrepetível de cada experiência teatral — e por conseguinte efémera —, cuja perenidade é garantida não pelo registo fotográfico ou fílmico, mas antes pela impressão indelével deixada na memória do espectador, bem como pelo desafio contínuo de revisitar obras paradigmáticas, dando voz, cor e movimento aos grandes textos.
‘Efémero’ é também, à letra, tudo ‘o que dura um dia apenas’, de modo que estes encontros foram idealizados para se estenderem somente por um período máximo de 24h seguidas, durante as quais os participantes serão convidados a seguir um trajecto que irá desde a abordagem teórica de alguns aspectos ligados à arte performativa até à experiência iniciática da construção da personagem.
Dessa experiência, que pretende ser mais emotiva que racional, resultará ainda uma publicação que procurará registar as linhas e momentos essenciais destes “Encontros do Efémero”.


Dia 7 de Julho de 2007, 21h30, Braga
(Museu D. Diogo de Sousa)
Hécuba de Eurípides
Hélios do IES Carlos III, Madrid


Dia 8 de Julho de 2007, 21h30, Braga
(Termas Romanas)
Agamémnon de Ésquilo
Thíasos do IEC-FLUC

A peça Agamémnon foi apresentada pela primeira vez em Atenas no ano de 458 a.C.. Foi escrita por Ésquilo (525 a.C. – 456 a.C.) e faz parte de uma trilogia intitulada Oresteia, a única trilogia completa que chegou até aos nossos dias, composta por três tragédias: Agamémnon, As Coéforas e As Euménides. A trilogia é inspirada nas histórias do regresso dos heróis que lutaram contra a cidade de Tróia.
Agamémnon teve que sacrificar a filha Ifigénia a Ártemis, no início da guerra, para que os Exércitos gregos chefiados por ele pudessem chegar a Tróia. Na realidade Ifigénia não morreu durante o sacrifício, pois foi poupada pela deusa que a transformou numa sacerdotisa da cidade de Tauris. Acreditando que a filha havia sido morta, Clitemnestra jurou vingança. Tornou-se amante de Egisto, filho de Tiestes, e começou a conspirar contra o marido durante sua longa ausência.
Agamémnon regressa vitorioso após dez anos de guerra em Tróia, mas é imediatamente assassinado por Clitemnestra e Egisto, tal como Cassandra, princesa troiana, que recebera por escrava.


Dia 10 de Julho de 2007, 21h30, Coimbra
(Páteo da Universidade)
Suplicantes de Eurípides
Thíasos do IEC-FLUC

As Suplicantes de Eurípides, representadas no contexto da Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.), resulta numa acutilante e sofrida reflexão sobre as consequências da guerra, de todos os tempos. O coro que dá o título à peça é constituído pelas mães dos sete generais que pereceram no cerco de Tebas, aliados de Polinices quando este pretendeu recuperar o poder ao irmão Etéocles.
Em termos mitológicos, portanto, a peça vem no seguimento directo dos Sete Contra Tebas de Ésquilo, do Édipo em Colono de Sófocles e das Fenícias de Eurípides, tratando tema idêntico ao da Antígona de Sófocles – o dever de prestar honras fúnebres aos mortos. O mito é já, contudo, um marco central no Ciclo Épico, com as obras Tebaida e Epígonos, de que nos chegaram apenas escassos fragmentos.
O pano de fundo da peça é o santuário de Elêusis, ao qual se deslocam Adrasto, velho rei dos Argivos, e as sete mães suplicantes, para pedir a Etra que convença o filho Teseu a reclamar junto de Creonte os corpos mortos dos sete generais. Relutante a início, Teseu aceita a tarefa. Chega entretanto um arauto tebano que conta a vontade contrária de Creonte, o que leva o rei de Atenas a partir para Tebas com um exército, que sai vitorioso. Os cadáveres entram depois em cena e, quando as mães os depositam na pira, surge Evadne, viúva de Capaneu, que, em delírio de Bacante, deseja morrer com o marido. Apesar dos pedidos do pai, ela acaba por se suicidar e arder com o marido, nas chamas que considera o seu leito nupcial. Num happy end tipicamente euripidiano, surge ex machina a deusa Atena, formalizando o pacto de amizade entre Argivos e Atenienses.
A guerra (justa e injusta), a morte, o amor e a defesa da Democracia, são estes os grandes temas que Eurípides apresenta e discute em Suplicantes. Uma peça nem sempre fácil de colocar em cena, mas cuja mensagem – grande mérito da tragédia clássica – é de todos os tempos.


Dia 11 de Julho de 2007, 21h30, Viseu
(Praça do Mercado)
Suplicantes de Eurípides

Thíasos do IEC-FLUC


Dia 12 de Julho de 2007, 21h30, Conimbriga
Agamémnon de Ésquilo

Thíasos do IEC-FLUC


Dia 13 de Julho de 2007, 21h30, Miranda do Corvo
(Largo da Câmara Municipal)
As Mulheres no Parlamento de Aristofanes
Thíasos do IEC-FLUC

Aristófanes transportava para os seus textos questões sociais, políticas, artísticas e religiosas da Atenas da sua época, critica com dureza e humor satírico as novidades que considera demagógicas e inoportunas.
Em As Mulheres no Parlamento Aristófanes satiriza um Estado imaginário administrado por mulheres, no qual tudo é de todos e as velhas têm prioridade para reclamar o amor dos jovens. Constrói assim, sob a capa da utopia, uma sátira à má governação.
A vida política e comédia sempre andaram de mãos dadas, num compromisso amargo para a primeira mas muito profícuo para a segunda. De resto, a sátira política constitui, em si, uma prova inequívoca do funcionamento, por rudimentar que seja, da natureza democrática de qualquer sociedade, como a Atenas do século V a.C..







Informações:
teaclass@ci.uc.pt
962565710 / 810

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