Um almoço ligeiro, e rumámos a Mérida. Não conhecia a cidade, afinal aqui tão perto (vá, mais ou menos), e fiquei, como diria o outro, maravilhado! Respira-se história romana e, não menos importante, uma boa disposição impressionante, própria de uma cidade que vive ao ritmo do sol (muito quente, de resto). À noite, um pequeno projecto antigo se concretizou: assitimos a uma representação do 55 Festival de Teatro Clássico de Mérida, no simplesmente estonteante Teatro Romano. Pena ser Plauto, pensava a início ("Os Dois Menecmos", que eles traduzem simplesmente por "Los Gemelos"), mas o espectáculo, com as suas 2 horas e meia, estava simplesmente muito bem montado. Os cenários e os figurinos eram adaptados, mas podia-se saborear Plauto em cada fala, em cada movimento, em cada nota. Da peça, como compreenderão, não pude tirar fotos - bem como das cerca de 3000 pessoas (contabilidade não oficial, da minha responsabilidade) - que estavam a assistir. Tudo era romano, até a disposição por status (entenda-se, preço de bilhete) do público, que nos fez ficar na ala superior, nem sequer reconstruída, onde gentis pedragulhos aguçados mostravam algum afecto (doentio) pelos nossos trazeiros; dito de outro modo, ocupámos (mas ainda bem) o lugar dos escravos.
E pronto, foram estas as minhas férias ociosas. Agora, há que regressar às lides. Mas devagarinho...