Pois é. Este ano lá tirei férias. Confesso que a viagem para o Algarve no dia 1 de Agosto (essa viagem que meio país faz nesse mesmíssimo dia, ou poucos dias depois, nesse mesmíssimo mês) não começou por me agradar muito. Uma semana apenas, de sábado ao dia de hoje (Domingo); os primeiros 5 dias foram passados em obras, pinturas, remodelações... enfim, a preparação inevitável da boda! Pouco ou nenhum descanso, mas o simples facto de mudar de ares e de desviar os olhos dos livros e do pc do costume, no fundo, já se pode considerar férias.
Ontem e hoje, sim, decorreram as minhas férias. Partimos no sábado, bem cedinho, rumo a Sevilha, onde nem sequer parámos. Foi um pouco ao lado, na cidade romana de Itálica, que nos detivemos até ao almoço. A visitar, sem dúvida.




Um almoço ligeiro, e rumámos a Mérida. Não conhecia a cidade, afinal aqui tão perto (vá, mais ou menos), e fiquei, como diria o outro, maravilhado! Respira-se história romana e, não menos importante, uma boa disposição impressionante, própria de uma cidade que vive ao ritmo do sol (muito quente, de resto). À noite, um pequeno projecto antigo se concretizou: assitimos a uma representação do 55 Festival de Teatro Clássico de Mérida, no simplesmente estonteante Teatro Romano. Pena ser Plauto, pensava a início ("Os Dois Menecmos", que eles traduzem simplesmente por "Los Gemelos"), mas o espectáculo, com as suas 2 horas e meia, estava simplesmente muito bem montado. Os cenários e os figurinos eram adaptados, mas podia-se saborear Plauto em cada fala, em cada movimento, em cada nota. Da peça, como compreenderão, não pude tirar fotos - bem como das cerca de 3000 pessoas (contabilidade não oficial, da minha responsabilidade) - que estavam a assistir. Tudo era romano, até a disposição por status (entenda-se, preço de bilhete) do público, que nos fez ficar na ala superior, nem sequer reconstruída, onde gentis pedragulhos aguçados mostravam algum afecto (doentio) pelos nossos trazeiros; dito de outro modo, ocupámos (mas ainda bem) o lugar dos escravos.



E pronto, foram estas as minhas férias ociosas. Agora, há que regressar às lides. Mas devagarinho...


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